quarta-feira, 20 de junho de 2012

GASTOS DO SUS COM ATENDIMENTO A MOTOCICLISTAS AUMENTAM 113% EM QUATRO ANOS



 Levantamento do Ministério da Saúde (MS) aponta que o custo de internações por acidentes com motociclistas pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 2011, foi 113% maior do que em 2008, passando de R$ 45 milhões, há quatro anos, para R$ 96 milhões, no ano passado.
O crescimento dos gastos acompanha o aumento das internações, que passou de 39.480 para 77.113 hospitalizados no período. Segundo dados do MS, o número de mortes por este tipo de acidente aumentou 21% nos últimos anos – de 8.898 motociclistas em 2008 para 10.825 óbitos em 2010. Homens representaram 89% das mortes de motociclistas, em 2010. Os jovens são as principais vítimas: cerca de 40% dos óbitos estão entre a faixa etária de 20 a 29 anos. O percentual chega a 88% na faixa etária de 15 a 49 anos.
Além do crescimento de fatores de risco importantes, como excesso de velocidade e consumo de bebida alcoólica antes de dirigir, a diretora de Análise de Situação em Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta, destaca o aumento na frota de veículos como fator para aumento do número de acidentes.
Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o número de veículos registrados cresceu 16,4% entre 2008 e 2010. No mesmo período, os óbitos tiveram alta de 12%. Já a frota de motocicletas foi ampliada em 27%.
Via Agência Brasil

CRIANÇA MORRE AO CAIR DE TRANSPORTE ESCOLAR EM SANTA QUITÉRIA-CE.



Uma criança de seis anos morreu na manhã desta quarta-feira (20) na zona rural de Santa Quitéria, no interior do Ceará, ao cair de um veículo pau-de-arara que faz o serviço de transporte escolar na cidade, de acordo com a Polícia Militar.
Segundo a Polícia Militar, o acidente ocorreu por volta das 11h30 desta quarta-feira, quando as crianças eram levadas de volta para casa.

O motorista, que trabalha há 15 anos para a prefeitura de Santa Quitéria, prestou socorro e se apresentou espontaneamente à polícia, de acordo com a delegacia da cidade de Itatira, que atende a região.

Ainda de acordo com policiais, a criança de seis anos estava na cabine do caminhão que fazia o transporte escolar e destravou a porta do veículo, que estava em movimento. A porta se abriu e a criança caiu. Ela foi levada ao hospital municipal de Santa Quitéria e chegou ao local sem vida.
A polícia diz que o motorista cumpriu de forma adequada a prestação de socorro e não há indícios de que ele tenha sido o responsável pelo acidente, por isso foi liberado após prestar depoimento.

O serviço de transporte escolar em veículos pau-de-arara ocorre em várias cidades do Ceará, de acordo com o Ministério Público do Estado, órgão que combate esse tipo de transporte, alegando não haver segurança adequada aos passageiros. Em Santa Quitéria, uma empresa terceirizada faz o transporte dos alunos.

Via G1 CE

PRODUTORES PEDEM AUMENTO DA COTA DO MILHO PARA O CEARÁ


A demanda foi apresentada pela FAEC, durante reunião com a SDA e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) se reuniram com o assessor da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos José Fernandes, da cota de milho balcão distribuído aos produtores nordestinos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O secretário do Desenvolvimento Agrário, Antônio Amorim, participou da negociação.

De acordo com o presidente da Faec, Flávio Saboya, estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina tiveram mais de 20 toneladas de milho liberados por produtor. A reivindicação do Ceará é que a  é a liberação de 14 toneladas por produtor e não a de 3, como foi oficializado pelo Mapa.
O secretário Antônio Amorim informou que o Governo do Estado negocia com o Governo Federal que a liberação de 14 toneladas de milho inclua também os pequenos pecuaristas e agricultiores familiares. “Já temos uma conversa com o Ministério neste sentido, e esperamos conseguir sensibilizar o Mapa”, informou.

Segundo Carlos José Fernandes, a demanda será encaminhada ao Mapa. “Nós estamos sentindo que os agricultores cearenses estão necessitando da liberação de milho, e nós vamos apresentar esta demanda ao ministro da Fazenda, Guido Mantega. Nossa proposta será para que os produtores do Ceará recebam milho de acordo com o que eles reivindicam”, afirmou.
Segundo Fernandes, a proposta será apresentada ao Ministério da Fazenda pelo Ministro da Agricultura e Pecuária, Mendes Ribeiro Filho, que está sensível aos apelos dos produtores cearenses.

Via Assessoria de Comunicação da Secretaria do Desenvolvimento Agrário

PEC NORDESTE E ALTERNATIVAS DE CONVIVÊNCIA COM A SECA


O destaque é para produção da palma forrageira para alimentação humana e animal


A décima sexta edição do Seminário Nordestino de Pecuária (PEC Nordeste) continua encantando visitantes com inovações tecnológicas e alternativas para convivência com a seca. Nessa quarta-feira (21) destacaram-se as palestras e oficinas sobre produção da palma forrageira para o consumo humano e animal.

Numa oficina promovida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), estudantes de agronomia, nutrição e técnicos agrícolas, aprendem a utilizar a palma forrageira para fazer diversos alimentos como suco, sorvete, pastel, bolo, bolinha de macaxeira, entre outros.

De acordo com a instrutora do Senar, Irací Loiola, a oficina objetiva transmitir conhecimentos básicos e tecnológicos sobre o processamento da palma para alimentação humana. “A ideia é que os participantes sejam multiplicadores das receitas apresentadas aqui”, frisou. Ela acrescenta que a palma forrageira é fácil de cultivar e se adapta muito bem no Semiárido, pois necessita de pouca água para se desenvolver.

Além disso, Iraci Loiola ressalta também as inúmeras propriedades medicinais comprovadas da planta, que atua como agente antidiarréico, proporciona bom funcionamento digestivo, controla o diabetes, o colesterol e previne obesidade e osteoporose.

A palma cultivada no Ceará é apropriada para a produção de receitas alimentares, onde são utilizadas as folhas jovens por ainda não terem o gosto forte e amargo que as adultas possuem. O educador do Senar do Rio Grande do Norte, Sebastião Almeida, ficou entusiasmado com as possibilidades que a palma forrageira apresenta na produção de alimentos para a população. “É uma novidade que eu ainda não conhecia. Achei muito interessante e vou levar essas receitas para o meu Estado”, destacou.

Já a estudante de nutrição, Jamile Morais, também se mostrou surpresa com a quantidade de receitas alimentícias que podem ser feitas a partir da palma. “Estou aprimorando meus conhecimentos para utilizá-los na minha profissão”, lembrou. “Eu nem sabia que era possível fazer sucos de palma e outras receitas”, completou a estudante.

Ração animal

Técnicos da Universidade Federal de Pernambuco ministraram as palestras Plantio e Manutenção da Palma Forrageira e Palma na Alimentação de Animais. Ali, os produtores receberam todas as orientações sobre as formas adequadas para plantio, manutenção e uso da palma forrageira para alimentação do rebanho animal.

O agricultor de Quixadá, Hélio Duarte, aposta na palma forrageira como alternativa para convivência com a seca. “É uma solução viável para o Semiárido”, frisou. Ele cultiva área de um hectare da planta e alimenta um rebanho de 35 cabras e 10 vacas leiteiras.

De acordo com Duarte, a palma produz até 400 toneladas de massa verde por hectare, sem irrigação. Enquanto isso, a cana-de-açúcar produz 180 toneladas, mas se for irrigada.

Via Assessoria de Comunicação da Secretaria do Desenvolvimento Agrário

SISU DISPONIBILIZA CONSULTA DE VAGAS PARA O SEGUNDO SEMESTRE



O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) já disponibilizou a consulta de vagas oferecidas para o 2º semestre de 2012. As inscrições seguem até a próxima sexta-feira (22).

O Sisu é o sistema informatizado, gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos que participaram do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Esta edição do Sisu irá selecionar candidatos para ingresso em cursos com vagas no 2º semestre do ano letivo de 2012.

Podem se inscrever nessa edição do Sisu, os candidatos que fizeram o Enem 2011 e que tenham obtido nota maior do que zero na redação. No momento que o candidato insere no sistema o seu número de inscrição e a senha do Enem 2011, o sistema recupera, automaticamente, as suas notas obtidas no exame. Em seguida, o candidato deverá escolher até duas opções de curso ofertadas pelo Sisu. Ao final da etapa de inscrição, o sistema selecionará automaticamente os candidatos mais bem classificados em cada curso, de acordo com suas notas no Enem.

A inscrição no Sisu é feita somente pelo site do sistema (http://sisualuno.mec.gov.br/). O resultado da primeira chamada do Sisu 2012/2 sai no próximo dia 25. As matrículas dos aprovados deverão ser feitas nas instituições entre 29 de junho e 02 de julho.

Via Assessoria de Comunicação da Secretaria da Educação

OITO BACIAS HIDROGRÁFICAS DO CEARÁ APRESENTAM VOLUME ACIMA DE 50 %


Das 12 bacias hidrográficas monitoradas pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), onde estão localizados 139 açudes cearenses, oito apresentam volume acima de 50%, dentre elas as bacias do Alto Jaguaribe - onde estão localizados os açudes Orós (91%), Muquém (97%) e Valério (98%), que atualmente está com 90% da sua capacidade total e mais de 2 bilhões de metros cúbicos de água armazenados, e do Médio Jaguaribe, que atualmente está com 68% da sua capacidade total e com um volume de mais de 4 bilhões de m³ de água armazenados, onde está localizado o açude Castanhão (68,5%), reservatório considerado estratégico para o abastecimento da região metropolitana de Fortaleza. 

 Outras quatro bacias hidrográficas apresentam volume abaixo de 50%. Apresentam esse quadro as Bacias do Baixo Jaguaribe, que apresenta atualmente um volume de 48,40%, o que representa um acúmulo de 11.615.086, do Curu, que está com 40,91% da sua capacidade total, o que representa um acúmulo de 432.318.064 m³ de água, e do Parnaíba, que que apresenta atualmente um volume de 46,10%, o que representa um acúmulo de 280.573.760 m³ de água.

 Apesar de algumas bacias apresentarem volume abaixo de 50%, os investimentos realizados em infraestrutura hídrica pelo Governo do Estado do Ceará nos últimos anos garantem a segurança para o consumo humano, industrial e de outros usos. 

Via Assessoria de Comunicação da Cogerh

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Agrotóxicos são a segunda maior fonte de contaminação da água, segundo IBGE

Por Leandro Carrasco, Da Página do MST

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no último dia 19 de outubro, um estudo sobre o saneamento básico no país. Nele, um fato soa um tanto quanto curioso: constata que os resíduos de agrotóxicos são a segunda principal fonte de contaminação das águas brasileiras, atrás apenas do esgoto sanitário.

A análise apresenta ainda que, com 6,24%, os agrotóxicos ficaram a frente dos despejos industriais e da atividade mineradora como origens de contaminação. O uso indiscriminado dessas substâncias acaba afetando tanto a vida quanto a saúde da população.

A doutora Silvia Brandalise, presidente do Centro Boldrini, especializado em câncer infantil, localizado em Campinas e professora de Ciências Médicas da Unicamp, diz que por ser um composto derivado de benzeno, o agrotóxico é extremamente prejudicial à saúde, podendo disseminar o câncer. “O agrotóxico, a maior parte deles, tem como matéria-prima básica os derivados de benzeno. Os derivados de benzeno têm como ação importante a quebra de cromátides, que são elementos que compõem o cromossoma. Uma exposição aos derivados de benzeno ou à radiação, você consegue fazer uma mutação. Sendo assim, o câncer e outras doenças, que são mutações sucessivas, vão acontecendo na célula cronicamente exposta a esses produtos”, explica.

A utilização dos agrotóxicos em larga escala na agricultura chegou a tal ponto que é preciso parar com o despejo desses produtos, segundo a coordenadora do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), Rosany Bochner. “A verdade é que chegamos a um limite. Não tem mais como falarmos apenas em diminuir ou usar outro tipo. É preciso acabar com o uso. Acreditamos que é necessário até mudar a maneira de como o Brasil lida com a produção de alimentos. Seria uma revolução maior”, afirma a coordenadora.

Outro grande problema apontado por Rosany é a questão dos alimentos geneticamente modificados, pelo fato de utilizarem “muito agrotóxico para o seu cultivo, em especial a soja. Com isso, toda a soja carrega uma quantidade enorme de produtos químicos na sua composição. Sem contar que os produtores que não utilizam os transgênicos, mas possuem agricultores vizinhos que os produzem, acabam por ter suas plantações também contaminadas”, explica.

Ainda segundo a coordenadora, o Brasil se habituou a utilizar a monocultura como forma predominante nas plantações, o que força os agricultores a aplicar os agrotóxicos.

“O que é proposto por especialistas de produção é a agroecologia. Entretanto, esse conceito iria mexer em uma questão cultural, já que hoje você tem todo mundo comendo a mesma coisa o tempo todo. Não há mais a produção de uma fruta, por exemplo, em determinada época do ano, e sim, a produção dela o ano inteiro, por conta da manipulação”, acrescenta Rosany.

Saúde

Chamados pela indústria de “defensivos agrícolas”, o uso de pesticidas ainda podem provocar danos na medula, a ponto de um transplante se fazer necessário. “O defensivo agrícola é um veneno para o homem, pois ele altera o cromossomo da célula. Uma das ações que ele faz no ser humano é diminuir a produção dos glóbulos brancos. Com a queda de glóbulos brancos, a imunidade cai. Isso provoca uma aplasia de medula, quer dizer, a medula óssea não produz mais os elementos do sangue. Nesse cenário, que é uma destruição global da medula óssea, só o transplante de medula pode resolver”, relata Brandalise.

Diversos estudos já comprovaram que foi detectada uma quantidade significativa de agrotóxicos em águas da chuva. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), existem teses que já provaram que essas toxinas foram encontradas no leite materno, o que prejudica na formação do bebê. Tanto para médicos, quanto para especialistas, a fiscalização das leis que regulamentam o uso dos agrotóxicos, e até a extinção deles, é essencial para que a saúde da população seja a prioridade na hora de se produzir um alimento.

Todavia, mesmo as legislações já vigentes que regulam a utilização desses produtos são pouco respeitadas pelo setor. “Existe legislação que proíbe a pulverização com veneno uma árvore que já tem frutos, por exemplo. Mas na prática se vê aviões pulverizando pés de banana, de laranja, etc., já com o fruto na árvore. Ou seja, a quantidade de derivado de benzeno que vai ficar nessa fruta é enorme”, salienta a doutora.

Além do fato de existirem diversos “produtos que estão com a quantidade muito maior de agrotóxico do que seria permitida pela Vigilância Sanitária. Nisso, os consumidores ingerem uma hortaliça ou uma verdura com um altíssimo teor”, enfatiza.

Intimidação

No entanto, apesar de já existirem diversos estudos que relacionam a contaminação da água por venenos agrícolas, Rosany destaca a dificuldade que há em associar causa e efeito nessa questão.

“O Sinitox registrava apenas intoxicações agudas. Contudo, com a contaminação da água, pode-se levar uma população a desenvolver uma desintoxicação que será crônica. O sistema de saúde não irá registrar essa intoxicação como causada pelos agrotóxicos, pois ao longo do tempo é que irão aparecer os problemas. Verificar esse nexo causal, provar que existe essa relação, é muito difícil”, explica.

“É nessa incerteza que as indústrias se beneficiam, porque quando se vai fazer qualquer tipo de denúncia, ela exige que tenha uma comprovação de nexo causal. Como ainda não se tem essa relação, essas empresas acabam entrando na justiça contra quem declarou qualquer coisa, intimidando as pessoas de fazerem qualquer tipo de declaração. E por essa pressão, as pessoas acabam não falando sobre o assunto”, conclui.

http://www.mst.org.br/Agrotoxicos-sao-a-segunda-maior-fonte-de-contaminacao-da-agua-segundo-IBGE